A Tupperware Brands entrou com pedido de falência nos Estados Unidos em setembro de 2024. Ao longo de seus 84 anos de operação, a empresa enfrentou dificuldades financeiras acentuadas, culminando numa queda expressiva nas vendas. Isso a obrigou a buscar proteção judicial para reavaliar sua estratégia e se adaptar a um mercado cada vez mais competitivo.
Em sua trajetória, a Tupperware transformou a forma como os alimentos eram conservados nos lares. Fundada na década de 1940, a marca se destacou pelas “festas Tupperware” nos anos 1950, onde mulheres se reuniam em eventos domésticos para vender produtos, uma oportunidade econômica inovadora para a época.
Dívidas
A empresa acumulou uma dívida de mais de US$ 1,2 bilhão em 2024. Esses problemas financeiros resultaram em um pedido de proteção judicial para alívio de dívida e reestruturação. A tentativa de transição para um modelo digital-first não conseguiu frear a queda nas receitas.
Após a falência, a Tupperware iniciou um processo de licitação para atrair investidores interessados na aquisição da marca. A operação visou garantir a continuidade dos negócios durante a transição. Mesmo com desafios significativos, a marca ainda possui ativos consideráveis e mantém uma base de clientes fiéis.
Em outubro de 2024, a Tupperware obteve um acordo com seus credores, que incluía a aquisição da marca e de seus ativos por US$ 23,5 milhões em dinheiro, junto com mais de US$ 63 milhões em alívio de dívida. Essa transação possibilitou a saída da empresa da falência e a continuação das operações.
A Tupperware planeja uma transformação focada em um modelo de negócios digital e fortemente tecnológico. A intenção é atualizar suas operações, concentrando-se em mercados chave globais, como Estados Unidos, Brasil e China, e encerrando suas atividades em regiões com passivos elevados.
FONTE: DIÁRIO DO COMÉRCIO